segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

- Pós Natal


Hoje começou a velha rotina de acordar com o celular tocando fielmente às 08:oo hrs com uma música dos Engenheiros do Hawaii que diz assim: "Seguir viagem, tirar os pés do chão, viver à margem, correr na contramão (...)" E é exatamente assim que sinto quando acordo, como se o dia durasse mais que 24 hrs e fosse uma longa viagem, pois bem. Não que esteja reclamando, de forma alguma, quem disse que eu não gosto de viajar? Ao abrir o portão de casa a primeira coisa que vi na rua calma de uma segunda-feira pós final-de-semana-de-natal foi um homem recolhendo cadeiras e mesas da garagem da vizinha, aliás, das vizinhas (como se elas tivessem combinado de recolherem tudo ao mesmo tempo). Para mim não eram apenas mesas e cadeiras, o que estava indo embora, era toda a festividade que havia tido naquelas casas, a festa agora tinha acabado e a rotina tinha se instalado de vez por alí. Tenho comigo que quando tiver minha própria casa, meus cachorrinhos, piriquitinhos, filhinhos, maridinho e tudo mais, não haverá tempo de festa e tempo de trabalho, haverá felicidade apenas, não gosto dessa coisa estagnada que as pessoas colocam e adotam para suas vidas, isso de ter tempo para isso e para aquilo, o que é que tem a ver uma festa na segunda ou no sábado? Desde que não incomode os outros, tudo bem. Fiquei a mercê das cadeiras indo embora levando consigo as danças, a música, os cumprimentos com abraços que as pessoas se davam (...) Parei e pensei que alí era hora de deixar ir aquilo que naquele lugar não cabe mais, e pude enfim entender que cada ser possui limites, vontades e intensidades diferentes. Daqui uns 30 ou 40 anos quero estar com o mesmo pensamento de hoje: quero fazer festas "fora de hora" sem pensar do tempo que poderia ser, quem sabe esse tempo não é mesmo o de agora? aproveitemos o máximo e que Deus me dê muitos motivos para continuar com essa vontade de ser feliz.

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